Ludicidade
Um espaço para todos dentro do CAVG
Parque Infantil Acessível é instalado no campus com brinquedos adaptados para diferentes públicos
Carlos Queiroz -
Brincar é o ato mais democrático que existe. Deveria ser, ao menos. Um novo espaço, instalado no Campus Acadêmico Visconde da Graça (CAVG), do Instituto Federal Sul-Riograndense (IFSul), parte dessa premissa: estimular a ludicidade da vida para todos. É o Parque Infantil Acessível, que será inaugurado em breve e disponibilizado principalmente para instituições parceiras, como Apae, Alfredo Dub, Louis Braille e Capta.
A estrutura é composta por onze brinquedos voltados para crianças com necesssidades específicas. Trata-se de fruto do projeto Anna Laura Parque Para Todos (Alpapato), criado em 2013 como homenagem à Anna Laura Fischer, filha do executivo financeiro Rodolfo Henrique Fishcer. Ela morreu em 2012 em acidente de carro, aos três anos. Desde então, a família tem construído parques acessíveis pelo Brasil. O IFSul, a partir do Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais (Napne), candidatou-se e foi contemplado em 2017.
O professor do CAVG, Raymundo Ferreira Filho, é o coordenador do projeto no câmpus, junto ao Nucleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE/CaVG). Ele explica que o parque atende à missão do instituto de implementar processos educativos, públicos e gratuitos de ensino, pesquisa e extensão que possibilitem a formação integral mediante o conhecimento humanístico, científico e tecnológico e que ampliem as possibilidades de inclusão e desenvolvimento social. "Traz a possibilidade de se desenvolver ações integradas", explica.
Ferreira Filho destaca também a importância da interação entre alunos do CaVG e as crianças com necessidades específicas. Desta forma, ele diz, a instituição reforça o comprometimento com o desenvolvimento integral do estudante. "Um terço da população de Pelotas se autodeclara com alguma deficiência. Logo, é uma parcela relevante da população da cidade. O fundamental é a quebra de barreiras para todos independente do ambiente", completa.
Brincar e se desenvolver
Para a coordenadora da Associação Escola Louis Braille, Andreia Robe, o espaço terá importância por possibilitar que projetos sejam de fato realizados. "Vamos enfim tornar reais atividades de inclusão que pensamos, pois o parque dá a oportunidade das nossas crianças brincarem junto com os familiares", diz, destacando a relevância dos brinquedos para o desenvolvimento de habilidades, além da diversão propriamente dita.
Para cegos, o local conta com equipamentos como uma mesa de areia, formada por duas cubas que podem ser preenchidas por material ganular e, assim, estimular os sentidos.
Confira os brinquedos disponíveis
- Painel batucada
Toneis de PVC para manusear a estimular consciência auditiva e motora
- Painel espelho distorcido
Chapa reflexiva que distorce o corpo e desenvolve noções visuais e corporais
- Escorregador para cadeirante e pessoa como mobilidade reduzida
Mais largo que o tradicional e menos íngrime, serve tanto para brincadeiras quanto atividades terapêuticas
- Mesa de areia
Duas cubas para serem prenchidas por material granular. Estimula os sentidos principalmente em cegos
- Espelho triangular
Espelhos distorcidos que formam um triângulo e, assim, geral outras imagens
- Girassol
Banco com pneus para treinar equilíbrio e fortalecer musculatura
- Balanço dois assentos
Cadeira para balanço com cinto de segurança
- Balanço para cadeirante
Espaço adaptado com rampa e com possibilidade de brincar sozinho através de barras que balançam a cadeira
- Escultura interativa marinho
Construção abstrata em que se estimula o equilíbrio
- Flores falantes
Duas estrututas sonoras que geram eco e servem pra criar consciência auditiva
- Banco gafanhoto
Dois bancos que funcionam como maca e um pêndulo para brincadeiras e atividades terapêuticas
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário